Paraíba

JORNADA DE LUTA

MST realiza ato político contra a violência no campo e em defesa da Reforma Agrária nesta sexta (26), no acampamento Canudos

Em junho, acampamento foi atacado; criminoso incendiaram barracos, destruindo tudo que havia sido construído em 10 anos

Joao Pessoa - PB |
Reprodução - Card Reprodução

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da Paraíba realizará um Ato Político Contra a Violência no Campo e em Defesa da Reforma Agrária na próxima sexta-feira (26), às 10h. O evento acontecerá no acampamento Canudos, localizado em Riacho de Santo Antônio.

A entidade convida toda a sociedade a participar deste ato de protesto contra os ataques sofridos nos últimos anos pelos lutadores pela reforma agrária. O povo do campo tem enfrentado diversas ameaças, intimidações, agressões e até assassinatos. A violência no campo é uma realidade em todo o território nacional que precisa ser combatida por toda a sociedade, não apenas por aqueles que estão na linha de frente da luta pela terra.

A visibilidade das manifestações, especialmente em ano de eleição, é importante para que a sociedade e os inimigos do povo percebam que a luta está viva e forte contra todo tipo de opressão e repressão aos movimentos sociais campesinos. O evento ocorre dentro da Jornada Nacional por Alimento Saudável e Reforma Agrária e também em protesto ao ato criminoso de incêndio ocorrido em 8 de junho no Acampamento Canudos.

Naquele dia, o acampamento do MST foi atacado por quatro homens encapuzados e armados no município de Riacho de Santo Antônio, na Paraíba. Os criminosos invadiram o acampamento, onde vivem 56 famílias, incendiando barracos e destruindo tudo que havia sido construído em 10 anos.

A ocupação  existe desde 28 de dezembro de 2015. O ataque, em junho, ocorreu uma semana após o cadastramento das famílias pelo Incra no território. Atualmente, o acampamento segue seu processo de reconstrução e retomada da produção, cultivando milho, palma, feijão e jerimum, além da criação de gado e caprinos. 

"Por isso, o MST afirma que não recuará. Convidamos todos a se fazerem presentes neste ato por justiça social e dignidade no campo"

 "Malditas sejam todas as cercas! Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar! Malditas sejam todas as leis, amanhadas por umas poucas mãos, para ampararem cercas e bois e fazerem da terra escrava e escravos os homens!"


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Edição: Cida Alves