O Instituto Banco Vermelho (IBV) inaugurou nesta terça-feira (27), às 10h, uma instalação em formato de banco gigante na cor vermelha na Praça da Família, no Parque Solon de Lucena, João Pessoa. A intervenção faz parte das ações do "Agosto Lilás", mês dedicado à conscientização e ao combate à violência contra a mulher.
A instalação, realizada em parceria com a Uninassau e com o apoio da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba, visa mobilizar e educar a sociedade sobre o feminicídio. Andrea Rodrigues, presidente do IBV, destacou a importância da iniciativa para a segurança das mulheres: "Finalmente, estamos chegando à Paraíba, um estado com grande representatividade para o Nordeste. Isso só reforça o quanto a gestão está comprometida com a pauta do feminicídio zero, que reflete e impacta diretamente na qualidade de vida da sociedade paraibana."
Reprodução / Foto: Semdh-PB
O banco gigante, além de ser uma intervenção simbólica, também contém informações educativas sobre a Lei Maria da Penha e disponibiliza um QR Code que direciona para o conteúdo completo da lei. Além disso, exibe dados sobre canais de ajuda para mulheres em situação de violência.
Lídia Moura, secretária da Mulher e da Diversidade Humana-PB, destacou que a instalação do banco vermelho em locais estratégicos como o Parque Solon de Lucena é uma ação essencial para a conscientização e erradicação do feminicídio: "Firmamos o compromisso em caminhar rumo ao feminicídio zero no Brasil, unindo esforços com governos, instituições e a sociedade civil para promover a vida e garantir que nenhuma mulher seja morta por ser mulher."
Reprodução / Foto: Semdh-PB
A instalação na Paraíba marca a expansão do IBV, que atua nacionalmente para engajar a sociedade e o poder público no enfrentamento à violência de gênero. Fundado em novembro de 2023, o Instituto já está presente em mais de 10 estados brasileiros e conta com o apoio de uma Lei Federal Nº 14.942, sancionada em julho de 2024, e um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério das Mulheres.
“Por meio do banco vermelho, trabalhamos a questão da visibilidade e sensibilização, chamando a atenção da sociedade para a realidade de milhões de mulheres que são vítimas da violência e, muitas vezes, sofrem em silêncio. Como grupo educacional, reconhecemos a importância de sempre nos envolvermos com ações de responsabilidade social, sendo um agente de mudança na sociedade”, afirma Sérgio Murilo Jr., diretor de Responsabilidade Social e Ambiental da Uninassau.
A campanha internacional do Banco Vermelho teve início em 2016, na Itália, e foi trazida para o Brasil por duas pernambucanas, Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que tiveram amigas assassinadas por seus companheiros em Recife (PE). A iniciativa propõe a instalação de bancos vermelhos em locais públicos de grande circulação de pessoas, como uma forma de lembrar diariamente a sociedade sobre a necessidade de ações concretas contra o feminicídio.
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Edição: Cida Alves