A tarde da última quinta-feira (29), às margens do rio Parahyba recebeu pinceladas de cores e encantamentos, com contação de histórias para as crianças ribeirinhas. "Foi um dia mágico: cheio de histórias, risadas e muita criatividade! "
Reprodução / Foto: Arquivo Pessoal
A Vila dos Pescadores na Praia do Jacaré foi palco para uma "ocup-ação criativa". Conhecido por seu trabalho em conectar pessoas com a natureza e suas próprias águas, o arte educador Ser Rio esteve em João Pessoa explorando as raízes de sua história e compartilhando essa jornada com as comunidades locais.
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Localizada em Cabedelo, ao lado da famosa Praia do Jacaré, a Vila dos Pescadores é um espaço de grande importância cultural e histórica, onde a vida gira em torno do Rio Parahyba. No entanto, muitos moradores, especialmente as crianças, estão frequentemente distantes das experiências artísticas e culturais oferecidas aos visitantes que vêm ver o pôr do sol ao som do Bolero de Ravel. Essa "ocup-ação criativa" tem como objetivo explorar essa realidade, trazendo a arte e a história do rio para a própria comunidade.
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As "ocup-ações criativas" realizadas por Ser Rio são encontros que buscam despertar a criatividade e a conexão com a natureza através da arte e do amor, especialmente com crianças. Utilizando elementos naturais, como pigmentos de uma falésia local, Ser Rio proporcionou às crianças da vila uma tarde de criação artística e contação de histórias sobre os rios da região. A proposta é não apenas promover a expressão artística, mas também incentivar a defesa das águas que sustentam a vida e a cultura da região.
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Ser Rio, arteiro e educador, tem se dedicado a inspirar comunidades a refletirem sobre suas conexões com os rios e as águas que as rodeiam. Nascido às margens do Rio Araguari, em Minas Gerais, ele acredita que somos todos filhos das águas e que cuidar dessas águas, tanto as de fora quanto as de dentro, é apontar um caminho de esperança em meio à emergência climática que vivemos. Em suas "ocup-ações criativas", Ser Rio traz essa mensagem de forma lúdica e envolvente, criando momentos de aprendizagem e transformação.
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Ser Rio, como quer ser chamado, comenta que as 'ocup-ações criativas' são um formato que vem desenvolvendo para unir a contação de histórias encantadas, como as dos rios e dos seres que os protegem, como a Cobra Grande, a Boiúna, na Amazônia, com oficinas que utilizam elementos naturais. "O objetivo dessas atividades é destacar a importância de defendermos os rios, tanto de fora quanto de dentro, pois somos água em movimento. Chamo essas atividades de ‘ocupações’ porque peço licença para chegar e propor uma experiência para aqueles que desejarem participar. Durante a minha viagem, acabei conhecendo o Pôr do Sol do Jacaré, um dos pontos turísticos mais conhecidos da região, e tive a oportunidade de conhecer as pessoas da Vila dos Pescadores, incluindo as crianças da comunidade. No último dia de viagem, senti o desejo de realizar uma ocupação criativa com o que eu tinha à disposição. Assim, organizei uma atividade ontem, na Vila dos Pescadores, para compartilhar um pouco desse processo com a comunidade local”, relata ele.
Ser Rio, Arte Educador / Imagem Reprodução
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Edição: Cida Alves