Atualmente, cerca de 30 crianças estão cadastradas, com idades de 0 a 11 anos de idade
Michaella Araujo Farias*
No imenso mundo da literatura infantil, há uma encantadora magia que vai além das páginas e conquista os corações dos pequenos, revelando o poder dos livros para jovens leitores. A literatura infantil desempenha um papel essencial ao introduzir as crianças a diferentes realidades, culturas e modos de viver, ampliando a compreensão e imaginação desde cedo. Neste viés, nasce a biblioteca Itinerante Pachamamá, que consiste na circulação de livros infanto-juvenis entre as famílias cadastradas.
Nesta etapa do projeto, as famílias participantes são as integrantes do Coletivo de mães Pachamamá, por meio da disponibilização de obras que compõem o acervo da organização. As famílias preenchem um cadastro, por meio dele é realizada uma curadoria ( pela professora Michaella Araújo) , os livros chegam por meio de aplicativos de entrega até a casa das crianças e adolescentes, depois de um período de 30 dias são devolvidos ao acervo e encaminhados para outras casas.
A ideia do projeto surgiu a partir de uma conversa entre as integrantes do Coletivo de Mães que falavam da dificuldade de comprar livros para que os filhos e filhas lessem
O cadastramento foi realizado virtualmente por meio de um formulário (Google Forms) e atualmente, cerca de 30 crianças estão cadastradas, com idades de 0 a 11 anos de idade, em níveis de alfabetização diferentes, que vão desde a fase pré-silábica até a leitura proficiente/alfabética.
Em dois meses da fase de execução do Projeto temos tido retornos positivos. “Eu gostei, gostei muito mesmo. Muito legal, foi muito legal”, disse uma das primeiras crianças a receber os livros em casa.
A mãe relatou: “Foi um momento em família, que até o irmão menor (bebê) participava. Os livros despertaram o interesse do meu filho mais velho, de 6 anos. A partir do recebimento dos livros, conseguimos estabelecer uma rotina de leitura de até dois títulos à noite, antes de dormir, apesar do dia a dia corrido e algumas noites ficarem sem leitura, o saldo foi muito positivo e muito proveitoso, quero continuar participando do projeto e já quero saber quando recebo outros títulos”, complementou a mão
Daliane Vieira, outra mãe integrante do projeto, considera a ação importante para o estímulo da leitura: “Desde que eu contei para Marina que íamos receber um monte de livros para lermos juntas, ela ficou muito animada. Hoje que chegou, ela ficou toda ansiosa e feliz lendo os títulos dos livros! Ela ficou surpresa com os títulos da Revolução da Cinderela e da Ariel, super animada com a Bruxonilda, pois já conhecia músicas sobre a história, querendo compartilhar com as amigas e conhecer as histórias. Parabéns pela iniciativa! Muito importante para o estímulo da leitura e para o compartilhamento de memórias e vivências entre mãe e filha!”, destacou.
A ideia do projeto surgiu a partir de uma conversa entre as integrantes do Coletivo de Mães que falavam da dificuldade de comprar livros para que os filhos e filhas lessem e também da indisponibilidade de tempo de pegar livros em bibliotecas, devido à correria do cotidiano entre trabalhar, estudar, cuidar dos filhos entre outras atividades.
Michaella Araujo, professora de Língua Portuguesa, resolveu então arrecadar livros e fazer um trabalho de curadoria e entrega dos livros nas casas dessas famílias, para que depois do período de um mês fosse realizada a troca de títulos com outras famílias, e assim os livros circularem entre as crianças e adolescentes de maneira rotativa.
O nosso sonho é expandir o acervo e o atendimento às crianças e adolescentes. Para isso estamos arrecadando doações e trabalhando na arrecadação de recursos. Atualmente, as pessoas interessadas em doar ou participar de alguma maneira do Projeto Biblioteca Itinerante Pachamamá podem nos procurar via mensagem na nossa página do Instagram @Coletiva_Pachamama
*Michaella Araujo Farias é mulher, mãe, professora, organizadora/articuladora da Coletiva Pachamamá, idealizadora e curadora da Biblioteca Itinerante Pachamamá, Graduada, Mestra e Doutoranda em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, autora de materiais didáticos, contadora de histórias e poetisa nas horas em que divaga .
**Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato Paraíba.
Edição: Cida Alves