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Apocalipse neo-zumbi: já repararam que, em toda ameaça ao mundo, seja qual for, quem salva o planeta são os norte-americanos?

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A ideia de que a figura masculina representa FORÇA é naturalizada pela maioria da população

Vocês já repararam que, em toda ameaça ao mundo, seja qual for, quem salva o planeta são os norte-americanos? Desde criança, somos “ensinados” que o poder “regulador” do mundo passa pelos EUA. Tipo, o xerifão do planeta. A mentira foi propagada pelos jornais, novelas, filmes e outras formas de “engabelar” as massas, desde a década de 60. E aqui lembro que os direitos civis de negros e mulheres só foram reconhecidos nessa mesma década. Coincidência?

Nos EUA, a ideia de que a figura masculina representa FORÇA é naturalizada pela maioria da população. Esse conservadorismo atávico está no DNA

Feita essa digressão, respondo à indagação acima com um sonoro "não". Trump é o “chorume” do conservadorismo racista, misógino, xenófobo e bélico do povo norte-americano desde a sua independência. O colonizado resolveu ser colonizador. Ou seja, os que aqui no Brasil colocaram alguma esperança de que Kamala Harris seria diferente da cartilha imperialista, estão delirando. Kamala e Trump são faces da mesma moeda. A diferença está apenas no modo de agir publicamente, já que ambos são hipócritas de “carteirinha”. Aliás, a hipocrisia é senso comum nos EUA.

Para além desse comportamento do povo e suas instituições, tivemos nesta eleição norte-americana todos os elementos do neo-fascismo naturalizados pela Suprema Corte

Ainda nessa linha, é importante destacar que Kamala, assim como Hillary — que tinha muita chance — são as únicas mulheres que chegaram concretamente a uma candidatura oficial. Claro, desde 1872, dezenas de mulheres tentaram, algumas com êxito em furar a bolha machista da política, mas nada de presidência. Aí já está a primeira resposta do que aconteceu ontem. Nos EUA, a ideia de que a figura masculina representa FORÇA é naturalizada pela maioria da população. Esse conservadorismo atávico está no DNA.

Para além desse comportamento do povo e suas instituições, tivemos nesta eleição norte-americana todos os elementos do neo-fascismo naturalizados pela Suprema Corte. Nesta eleição, ELON MUSK foi decisivo com o TWITTER (disseminador de fake news e outras mentiras escancaradas) e pela compra de votos com cheques de um milhão, entre outras mazelas. Kamala nunca teve uma chance real. A mídia dava, até ontem, empate técnico, mas não era bem assim, conforme se mostrou o resultado.

Resumindo e concluindo: os EUA não são a maior democracia do mundo, longe disso. O povo norte-americano não é exemplo de nada, salvo algumas personalidades que marcaram o mundo, como Rosa Parks, Katie Bouman, Martin Luther King e Malcolm X, entre outros e outras. Fora disso, a média geral é o senso comum hipócrita e preconceituoso. Não me cabe discutir o que será do povo norte-americano, realmente não ligo a mínima (me cabe respeitar suas escolhas); me preocupa mais o mundo com mais quatro anos de um sociopata egocêntrico com um arsenal nuclear poderoso e uma indústria bélica sedenta por guerras e destruição. O mundo não está seguro. O xerifão é o vilão!


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Edição: Cida Alves