Com o tema Democracia e Memória para o Povo Negro: equidade racial e reparação, a 6ª edição da Marcha da Negritude Unificada da Paraíba acontece nesta quinta-feira (21), em João Pessoa. A concentração será na Praça Pedro Américo, em frente ao Teatro Santa Roza, a partir das 15h. O percurso vai até o Parque Sólon de Lucena.
Estão confirmadas as presenças de artistas como Escurinho, MC Hirlla, DJ Black, Kalu, MC Negrão, Joterry MC, DJ Adriano e participação do Coletivo Maracastelo.
Iniciada em novembro de 2019, em alusão ao Dia da Consciência Negra, a primeira Marcha da Negritude Unificada da Paraíba evidenciou a luta pela democracia e contra o racismo. Neste ano, a Marcha luta por democracia e memória.
Marli Soares, coordenadora executiva da Marcha da Negritude Unificada da Paraíba, explica a escolha do tema desta edição: “A gente ainda está falando em democracia que ainda não existe, que é a democracia que queremos. E memória é porque o nosso povo ainda é esquecido. Existe uma cultura de esquecimento brasileiro. Não conhecem os nossos heróis, não conhecem as pessoas que fazem e que fizeram a história do povo brasileiro. Então, é importante que a gente também traga essa memória para que as pessoas comecem a conhecer. A [a verdadeira] história tem que ser contada”, salienta.
História
A primeira Marcha aconteceu em meio ao contexto do governo Bolsonaro. Naquele momento, de acordo com a organização da marcha o objetivo foi “evidenciar que não vivemos em uma democracia enquanto a maior parte da população preta e parda no país são excluídas das decisões importantes e de lutar contra as formas de racismo que precisam ser denunciadas e têm de acabar”.
Entrelaçando a luta pela democracia, pela memória, pela equidade e contra o racismo, a Marcha faz parte do calendário do Novembro Negro na Paraíba. Neste ano de 2024 ocorreu o primeiro feriado nacional do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, sendo essa uma maneira evidenciar e conhecer a história de luta do povo negro.
“Zumbi é a representação da resistência e perseverança de um povo que sofreu tantas injustiças de se tornar livre e ter sua autonomia, transformação social, de ter sua identidade, sua cultura e religiosidade respeitada. O feriado nacional da Consciência Negra nos traz a memória de que houve muita discriminação racial e social dos povos que foram subalternizados e escravizados para servir de mão de obra nos primórdios deste país”, comenta a organização da Marcha.
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Edição: Heloisa de Sousa